Constituída por três aglomerados populacionais – Cortiçô da Serra, Porteira e Mourela –, a freguesia de Cortiçô da Serra é a mais pequena do concelho, com uma área de reduzidos 496 hectares.
Segundo o Prof. Manuel Ramos de Oliveira, “a aldeia de Cortiçô uma das mais antigas do Concelho, conforme o indicam as regalias que gozou nos primórdios da monarquia. Pedro bom vendeu esta aldeia a D. Urraca e seu filho D. Lopo Afonso. D. Urraca deu-a a D. Sancha Lopez, sua nora. Esta era afilha de Fernão Pires Pelegrim e sua primeira mulher D. Urraca Nunes de Bragança, filha de Pero Nunes Velho que era filho de Nuno Soares Velho “o postrimeiro”, do qual Gato e de D. Urraca foi também filho Lopo Afonso Gato, casado com D. Sancha Pires de Gundar, filha de Pedro Lourenço de Gundar e de Totida; tendo filhos destes vários Lopes Gatos, portanto netos de D. Urraca Fernandes, já chamada Gata.
Foi inicialmente da Ordem do Hospital, trazendo-a a mulher de Lopo Gato. Pagava dízimos verdes (um quarteiro de esverdeados), consignando-se também a proibição das querimónias (queixas ou querelas). Teve foral de Martim Pires e sua mulher D. Teresa Martins que eram senhores da freguesia em 1254, sendo renovado em 1333. posteriormente, foi doada a João Afonso, filho de El-Rei D. Denis. Começou por chamar-se “Cortico” – que significava descascar – para depois se chamar Vila Boa de Jejua, voltando novamente a designar-se, com renovada pronúncia, Cortiçô. Segundo a “Nova História da Ordem de Malta”, Cortiçô começou por ser uma albergaria.
Cortiçô da Serra, foi uma freguesia pertencente à comarca de Linhares, constituindo um lugar só.
Mourela e Porteira juntas faziam uma freguesia, mas pertencente a Celorico. Com a extinção da comarca de Linhares, Cortiçô agregou a si os lugares de Mourela e Porteira, constituindo na actualidade os lugares pertencentes à freguesia.
Servida pela EN 17 que liga Celorico da Beira a Coimbra, dista 8 km da sede do concelho, confrontando com as freguesias de Salgueirais, Vide-Entre-Vinhas, Mesquitela, Vila Boa do Mondego e Casas de Soeiro, com as quais faz ligação através das estradas Municipais nºs 553 e 554.
Freguesia situada a Sul de Celorico da Beira, confinada com as freguesias de S. Pedro, Vale de Azares, Cadafaz, Salgueirais e Cortiçô da Serra, com quem constitui o núcleo central do concelho.
Servida pela Estrada Nacional 17 no sentido de Coimbra. Distando 7 km da sede do concelho, a freguesia é constituída pelos aglomerados populacionais de Vide-Entre-Vinhas e Galisteu.
A sua designação dever-se-á ao facto se ser um lugar abundante em vinhas. Talvez daqui viesse o vinho que deu fama a Celorico… Porém, na antiguidade foi uma fortaleza, já que o Penedo Gordo teria sido um castro. No lugar da Quintã existem as ruínas dum antigo convento ou Igreja, tendo aí origem a povoação. Existem porém outras ruínas, de uma Igreja de Santa Apolónia, no lugar com o mesmo nome, e nos limites do Souto da Póvoa sepulturas antigas.
O Penedo do Bico e o Penedo Gordo constituem dois lugares de onde se pode admirar uma bela paisagem, até onde a vista alcança, ou então auxiliado com uns binóculos avistar terras de Celorico, Trancoso, Mangualde, Gouveia e Guarda.
Situada num planalto, é uma aldeia rica em tradições, cuja economia das suas gentes assenta na produção agrícola, no tradicional queijo de produção artesanal, criação de animais, produção artesanal, criação de animais, produção de batata, feijão, cebola e vinho.
Rodeada pelas freguesias de Prados, Linhares, Mesquitela, Cortiçô da Serra e Vide-Entre-Vinhas, Salgueirais é uma das freguesias do concelho de Celorico da Beira, mergulhada no centro do mesmo concelho.
Situada na parte montanhosa do concelho, na extremidade da Serra da Estrela, dista 11km da sede do concelho. Em termos rodoviários é servida pelas Estradas Municipais 555 e 553, permitindo ligações fáceis com Prados, Linhares, Cortiçô da Serra e Vide-Entre-Vinhas.
Freguesia pertencente ao extinto concelho de Linhares, é constituída unicamente pela aldeia de Salgueirais. O seu nome advém da grande abundância de Salgueiros, árvore que existia antigamente no lugar e em seu redor.
Também Salgueirais foi vítima da emigração, que, deixando para trás os menos jovens, tem contribuído de certa forma para a apatia no desenvolvimento da aldeia.
Terra de agricultores e pastores, a batata, a oliveira e o queijo da Serra da Estrela, dão o alimento à maior parte das famílias da freguesia.
A floresta é nesta freguesia ocupada essencialmente por castanheiro e pinheiro e são os baldios da Junta de Freguesia que absorvem grande parte do território florestal.
A freguesia de Salgueirais pode oferecer ao visitante um cenário de representação da vida rural, observável nas suas casas, nos seus habitantes, culturas e tradições.
O largo da aldeia, perto da igreja, mostra um conjunto harmonioso de edifícios bem recuperados, entre os quais sobressai o da sede da Junta de freguesia.
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